sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

‎1º de Dezembro - um governo antipatriótico?

É bom lembrar que os povos têm sido quase sempre oprimidos por oligarquias. E estas, em capitalismo, não assumem nenhum valor patriótico. A pátria delas é o dinheiro. A cultura, "coisa lenta", como a caracterizou Saramago, é um conjunto de valores intangíveis, não monetarizáveis. Tem valor na memória e nos hábitos coletivos. Uma oligarquia estrangeira é sempre pior do que uma nacional porque é mais difícil desmascarar-lhe o desprezo pela cultura, exatamente porque não é nacional. Uma oligarquia nacional é sempre mais fácil de anatemizar por desrespeito aos valores do povo e da pátria. Por isso uma oligarquia estrangeira é, também, mais facilmente odiada.
O facto de os que tomaram o poder em 1640 não deixarem de ser oligarcas não retira a natural satisfação pelo fim da oligarquia estrangeira. O qual merece ser celebrado.
Mesmo que dizê-lo seja um cliché, a atual oligarquia no governo é tão má como o Miguel de Vasconcelos - aceita a venda da nação ao estrangeiro por dez reis de mel coado e ainda por cima procura apagar-lhe da memória o orgulho patriótico.

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