terça-feira, 17 de janeiro de 2012

As origens da UGT e as ilhas caimão

A quem não sabe ou não se lembra, importa esclarecer que a UGT nasceu de um acordo, publicamente assumido, entre o PS, o PPD e o CDS para criar, por decisão completamente alheia ao mundo do trabalho, uma espécie de central sindical que pudesse ser usada contra a CGTP, se possível dividindo os trabalhadores e facilitando a cobertura pública dos ataques aos direitos das pessoas sob a capa de "acordos".
Estabelecer um acordo consigo própria, simulando fazê-lo com um terceiro, é essa a arte da direita de cada vez que está em posição de impor algum reforço da canalização da riqueza para o capital.
Desde o Torres Couto, primeira figurinha de proa desta "central", que se locupletou com verbas imensas do Fundo Social Europeu e que, apesar de pronunciado, nunca chegou a ser julgado porque a maçonaria fez que o processo se arrastasse até prescrever, que a UGT tem cumprido diligentemente o seu papel.
O sigilo bancário dos offshores não permite saber de quanto foi a transferência para o João Proença desta vez. Mas o dito "acordo" de 17 de Janeiro de 2012, de "concertação social", ficará para a história como o maior retrocesso dos direitos do homem em Portugal. Até um dia.

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